segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Alunos do quarto semestre de Jornalismo da Estácio Seama escrevem crônicas sobre o possível "fim do mundo em 2012"


Criatividade e humor. Foi o que os alunos do quarto semestre de Jornalismo da Faculdade Estácio Seama usaram na elaboração de crônicas sobre o tão falado possível fim do mundo em 2012. Na prova do segundo bimestre da disciplina Redação Jornalística 2, eles foram convidados a escrever uma crônica sobre o assunto. O resultado foram textos interessantes e gostosos de ler.
Vamos aproveitar o espaço do Blog e divulgar algumas dessas crônicas. A primeira é do aluno Rômulo Rodrigo Pantoja, intitulada "Histórias do fim do mundo e uma criança". Boa leitura!


Lembro-me que, quando criança, tinha o costume de me reunir com os amigos na calçada de casa depois de uma partida de futebol e conversar sobre vários assuntos. Uma noite, conversávamos sobre hipóteses para o fim do mundo, e isso causava um medo em todos nós. Primeiro, a vinda de extraterrestres e a possibilidade de serem maus, isso nos remetia às lutas a serem travadas da raça humana com os ETs para que não deixássemos o mundo ser destruído. Passada a parte dos extraterrestres, falamos sobre um vulcão que existia em algum lugar do mundo – e que até hoje eu não sei ao certo onde é – que um dia entraria em erupção e iria causar uma grande onda, um tsunami, que levaria toda a vida na Terra. Essa ideia nos causava mais medo que os alienígenas [risos], mas, mais uma vez nos vestíamos de heróis e começávamos a traçar planos para sobreviver a mais um fim do mundo.
Imagem retirada da WEB

Aí, eu com toda a inocência dos meus pouco mais de 10 anos, suspirava comigo mesmo que, ou construiria uma casa super forte e que suportasse a grande onda ou que aprenderia a surfar e quando a onda viesse eu, todo sagaz e descolado, pularia e surfaria até ela acabar. Como era de se esperar, levei um tapa no toutiço (nuca), daqueles a La “pedala Robinho”, e em uníssono, fui censurado pelos amigos, “te aquieta aí, é impossível isso!”. Calei-me, fiquei apenas sendo ouvinte de um papo que era muitíssimo interessante, mas eu era o leigo da roda de conversa.

Os pensamentos e teorias seguiram noite adentro, e cada vez surgindo mais gente para contribuir com as histórias sobre o fim do mundo. Chegaram os mais religiosos e disseram que o mundo iria acabar com muito fogo e terremotos, porque com água não havia dado muito certo – Ué, como assim? Acho que deu certo, afinal, sobreviveram apenas Nóe e sua família. Bom, como eu era o ignorante no assunto, continuei calado – então chegaram à roda os mais estudiosos e falaram de um cometa que estava em rota de colisão com o Planeta, e quando se chocasse destruiria tudo.

“Bem, agora me deu medo!”, me lamentei em silêncio. Mas, preferi, a partir daquele instante, desviar meus pensamentos para outros assuntos, não lembro ao certo, mas acho que era em algum desenho animado da época – na verdade lembro sim, era no “Capitão Planeta”, só não queria ter que dizer isso – mas de qualquer forma continuei com medo do fim do mundo. E agora o que era medo virou pânico.
Calendário Maia - imagem retirada da WEB

Quando decidi que já podia voltar a atenção para a conversa, me dei conta que o que era uma pequena reunião de amigos, já contava com quase todas as crianças da rua. A teoria de fim do mundo naquele momento já era sobre uma civilização antiga (hoje sei que foram os Maias) que havia previsto que o mundo acabaria em 21 de dezembro de 2012.

“Puts, o medo voltou. Tem dia, mês e ano. Meu Deus! Agora é sério o negócio.”, pensei comigo mesmo. Claro que só comigo isso, afinal, as pessoas pensavam que eu estava cheio de coragem, e não podia aparentar para as outras crianças o meu pânico, então, depois de alguns minutos, dei uma desculpa esfarrapada, fui correndo pra casa, tomei banho, jantei e fui dormir – não necessariamente nessa ordem, [risos]. Mas aí eu fiquei com o assunto matutando na cabeça a noite inteira, fazendo cálculos de datas e projetando a minha vida (E isso aos 10 anos de idade). Foi nesse momento que me dei conta e percebi: VOU MORRER AOS 22 ANOS! QUE INJUSTIÇA!

Desde aquele dia, imagino o dia 21 de dezembro deste ano, e que tudo está se afunilando. Será? Será que neste maldito dia vão ter pessoas rindo por mais uma profecia não cumprida ou estaremos correndo de um lado pro outro no caos por perceber que os Maias estavam certos? Será que vai ter gente na igreja pedindo aos céus para que o tal fim não se realize ou os mais precipitados e descrentes anteciparão a sua morte?

Dúvidas, dúvidas. Na verdade, eu acho que vai dar tudo errado e será prorrogado o prazo da Terra por mais uns milênios.

Sabe de uma coisa, esse já é um assunto desgastado. Mas se eu fosse fazer uma profecia, tudo acabaria em... em... Não sei. Não sei mesmo. Confesso que esse negócio de acabar com o mundo me dá medo. É melhor eu voltar a escrever sobre super-heróis.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Alunos da Estácio Seama defendem TCC's

Os acadêmicos do oitavo semestre do curso de Comunicação Social, habilitação em Jornalismo, da Faculdade Estácio Seama participam do ciclo de apresentações de TCC - Trabalho de Conclusão de Curso. Hoje, acontece a segunda rodada de defesas, iniciada ontem. Os concluintes têm a responsabilidade de defender o resultado das pesquisas realizadas no segundo semestre deste ano para as bancas examinadoras e o público, que compareceu em massa no primeiro dia.
Athina Nunes, Elisa Pimentel e Karina França apresentam
Projeto Experimental sobre Comunicação Interna


Ontem, foram expostos cinco trabalhos, sendo quatro produtos jornalísticos relacionados à comunicação interna empresarial, educação ambiental, revista eletrônica e documentário radiofônico, e ainda, uma pesquisa científica sobre   a visão que o cinema tem do telejornalista. Todos os trabalhos apresentados, até agora, foram aprovados pelos examinadores e elogiados pelo público.

Público atento às defesas de TCC

As apresentações de monografias e projetos experimentais recomeçam daqui a pouco, às 5h da tarde e só terminam as 10h da noite. Haverá trabalhos destacando o relacionamento da imprensa com a polícia civil, a liberdade ao rock e a importância da Escola Barão do Rio Branco para o Amapá. As defesas acontecem no quinto andar da Estácio Seama, sala 503.
Márcia Fonseca, Rafael Duarte e Marcelle Nunes escutam as
 considerações da banca examinadora

Texto e fotografias: Max Santana (acadêmico do 8º semestre de Jornalismo)
Edição de texto: Professora Elisângela Andrade